Anexo: O caso Rio Claro

A origem da origem do primeiro grupo docente do IFGW

Em janeiro de 1967, a Faculdade de Ciências e Letras de Rio Claro era incorporada à Unicamp. Um ano e meio depois, a Câmara dos Deputados estadual revertia a incorporação. Entre os dois eventos, houve uma intensa reação de vários setores da sociedade rioclarense, incluindo a imprensa, e uma crise institucional entre a Diretoria da faculdade e a reitoria da Unicamp. O episódio está documentado nos arquivos do Siarq. Baseado nessa fonte, foi redigida esta narrativa deste episódio, cuja importância para a história do Instituto de Física Gleb Wataghin é que dele saiu o primeiro grupo de professores do Instituto.

Os porquês da integração dos cursos

Argumentos para os que defendiam a transferência dos cursos de Rio Claro para Campinas não faltavam, tanto da parte da Unicamp quanto da rioclarense. A universidade tinha muito mais facilidade de contratação de docentes, a procura dos estudantes era maior e havia mais equipamentos. Enquanto isso, a faculdade de Rio Claro sofria uma crise financeira crescente desde meados dos anos 1960, que se refletia na falta de equipamentos, na quantidade insuficiente de docentes, no não-oferecimento de algumas disciplinas e na decrescente procura da faculdade pelos estudantes e no baixo índice de aprovação nos vestibulares – sendo que o curso de Física era o que tinha menos procura.

Além disso, o próprio conceito de universidade da nova instituição em Campinas implicava em que os cursos básicos fossem ministrados pelos seus Institutos Centrais (Física, Matemática etc.), enquanto os profissionalizantes o seriam nas faculdades correspondentes.

Isso era uma consequência das discussões sobre o conceito de universidade a ser aplicado na instituição, derivado dos acertos e erros das tentativas da USP, do ITA, da UnB e da Universidade do ABC. Havia uma argumentação sólida por detrás da necessidade da integração dos cursos básicos nos institutos correspondentes; ela era necessária não só para promover uma universidade que funcionasse como um todo orgânico, mas também para evitar que as forças centrífugas desintegrassem essa estrutura, como aconteceu com a USP e a UnB. Por isso, a necessidade da integração de cursos básicos era exigida na própria lei de criação da Universidade de Campinas, de 1962, no seu Artigo 5.o. Como consequência, os cursos de Física e Matemática deveriam em tese ser transferidos para as vizinhanças dos Institutos correspondentes no campus em Campinas. A própria Secretaria da Fazenda do Estado de Sâo Paulo havia, já em março, condicionado a liberação de verbas para a faculdade de Rio Claro à integração dos seus cursos de Física e de Matemática com os da universidade. O problema era a interpretação do que fosse “integração”: “entrosamento” ou “integração física e geográfica”?

Do lado do pessoal docente de Rio Claro, a Universidade de Campinas parecia também bastante interessante, pois, apesar de ainda muito jovem, prometia condições muito melhores de pesquisa. A fama de uma universidade com estrutura moderna atraía muita gente; a presença de personalidades de peso em seu comando, como Zeferino Vaz e Marcelo Damy, idem; a contratação de docentes famosos pelo Brasil e mesmo pelo mundo, também, assim como os equipamentos que conseguia.

No caso da física, a capacidade de atração da Unicamp recebeu confirmações em grande estilo nos meses seguintes. Logo em agosto, chegou à jovem universidade ninguém menos que César Lattes, a maior celebridade científica do país, e aterrisou no aeroporto de Congonhas o computador IBM 1130, encomendado em abril à empresa estado-unidense, o primeiro do interior de São Paulo. Os três meses decorridos entre o pedido e o recebimento eram extraordinários, dada a demora proverbial desse tipo de processo - outras instituições haviam solicitado máquinas semelhantes havia dois anos e ainda não as haviam recebido. No fim do ano, a Reitoria alardeava a contratação de 6 a 8 pesquisadores "de grande experiência e renome" para 1968 (havia uma certa "boa vontade excessiva" nesses números; os estrangeiros mais famosos, os japoneses Mituo Taketani e Tekao Tati e o italiano Adriano Gozzini, não vieram).

A integração começa a acontecer

Nos primeiros meses, a transferência dos cursos ficou só na ideia. Não só ela: as “promessas” da incorporação também demoravam a aparecer. Mas um episódio no primeiro semestre de 1967 deu impulso a que as coisas fossem além da palavra e do papel. Estourou na faculdade de Rio Claro uma greve de estudantes que exigiam a solução da falta de professores. Não tinha havido contratação de docentes para substiuir os que saíram e muitas disciplinas simplesmente não estavam sendo ministradas.

O movimento alarmou o Poder Legislativo, que se pôs do lado dos estudantes. No fim de abril, uma moção de urgência da Câmara dos Vereadores para o secretário da Educação do Estado de São Paulo pedia uma solução rápida para a crise. Três dias depois, conseguiu-se que o movimento fosse suspenso com a condição de que o reitor resolvesse os problemas em 45 dias. Mais uma semana e o Conselho Diretor universitário se reuniu e durante 1967 a universidade contratou 24 docentes para Rio Claro e indicou para lá três instrutores do Instituto de Física e sete do de Matemática.

A partir daí, a integração começou a tomar rumo, em parte pela iniciativa da própria diretoria da faculdade rioclarense. No mesmo dia da reunião do Conselho Diretor, o diretor Paulo Sawaya pediu a Damy e Zeferino uma série de reuniões para o que chamou de “entrosamento” dos cursos. Os encontros duraram cerca de um ano.

Alarme em Rio Claro

Mas logo as coisas começaram a tomar outro rumo. Algumas pessoas dentro da faculdade estavam impacientes e começou a ser ventilada a ideia de transferência imediata dos dois cursos. Rumores alcançavam os estudantes e o resto da sociedade riclarense. Sawaya era contra isso; a mudança teria que ser paulatina, para que houvesse tempo de adaptação. Além disso, a possibilidade de mudança imediata soava como uma simples extinção dos cursos de Rio Claro e a transferência dos seus professores para Campinas. 

Os rioclarenses tinham suas razões para alarmar-se, pois a sua Faculdade de Ciências e Letras tinha lembranças desagradáveis de episódios anteriores semelhantes. Em 1964, tentou-se transferir os mesmos dois cursos para a Escola de Engenharia de São Carlos. Um grupo de professores e alunos rioclarenses chegou a escrever um memorial propondo a transferência, que acabou não acontecendo após forte reação da sociedade local. O povo da cidade tinha do que se orgulhar: o curso de Física da faculdade era o quarto a ser instalado no Estado de São Paulo, depois do da USP, da Sedes Sapientiae e do Mackenzie. A mudança de alguns desses professores para a Universidade Federal de Goiânia no início daquele ano - e sua volta à faculdade de Rio Claro no começo do ano seguinte, quando os vencimentos das faculdades do interior foram equiparados aos da USP - não ajudou em nada a melhorar a percepção dos rioclarenses sobre o que estava acontecendo.

Explode a reação

Por isso, quando alguns dos mesmos professores e alunos apareceram entre os 11 docentes e 26 estudantes que lançaram um abaixo-assinado nos dias 29 e 30 de maio pedindo ao diretor a transferência imediata dos cursos de Física e Matemática para Campinas, uma forte reação da sociedade e da imprensa de Rio Claro irrompeu em apenas dois dias. Apesar de Zeferino ter reagido cautelosamente, dizendo que o assunto estava "em estudo" e aguardava "oportunidade", a  percepção de muitos era que havia uma espécie de conspiração contra a faculdade que vinha de longe. Um grêmio de alunos pré-universitários denunciava um "movimento subterrâneo" para concretizar a medida, em prol de interesses particulares de alguns docentes (dia 2 de junho); a loja maçon "Estrela de Rio Claro" se dizia "estarrecida" com as "maquinações" dentro da faculdade para transferir os cursos e acusava os professores envolvidos de "manipuladores da inexperiência dos jovens estudantes" (dia 3); a Câmara de Vereadores convocou o diretor Sawaya para dar explicações (dia 3); os jornais Cidade de Rio Claro e Diário do Rio Claro vincularam o episódio com a tentativa de transferência para São Carlos em 1964 e teceram fortes acusações contra os docentes signatários do abaixo-assinado (dia 4).

A reação de maior visibilidade veio de um setor inesperado da sociedade rioclarense: estudantes pré-universitários. No dia 23 de junho, nada menos que três mil deles enviaram um abaixo-assinado ao governador Abreu Sodré protestando contra a transferência e fazendo fortes ataques aos professores que pediram a mudança imediata para Campinas no outro abaixo-assinado, de maio. A maioria desses alunos era do Instituto de Educação Estadual Joaquim Ribeiro (o  mesmo cujo grêmio havia se manifestado no dia 2). Os jornais saudaram estrepitosamente a iniciativa. Três dias depois, um editorial do Diário do Rio Claro denunciava um "hábil trabalho de desmantelamento da FAFI" [como era conhecida a faculdade] e chamava os cursos que Rio Claro ganharia em troca de "brinquedos de matéria plástica, cursos sem expressão, bitolados" (eram de Geologia e de Florestas e mais um colégio técnico).

A apreensão logo chegou a espalhar-se para Limeira, cidade vizinha, onde se planejava construir uma faculdade de engenharia (elétrica e mecânica) para ser incorporada à Universidade de Campinas assim que as obras terminassem. Os planos eram que, após cursarem temporariamente os dois primeiros anos num prédio no campus de Barão Geraldo, os alunos se mudassem para aquela cidade, com a faculdade já pronta. Em agosto, a Gazeta de Limeira publicou uma nota na qual expressou seu medo de que as obras jamais começassem e que os curso permanecessem para sempre em Campinas (no entanto, os planos originais aconteceram; as engenharias de Limeira, às quais se somou a Civil, mudaram-se para Campinas apenas em 1988).

Agrava-se a situação

Apesar de garantias que Zeferino deu para tranquilizar os rioclarenses numa visita que fez à faculdade em agosto, o temor dos rioclarenses logo começou a concretizar-se. Iniciou-se um êxodo de professores de Física de Rio Claro para Campinas, que se estendeu ao longo do ano de 1967 e que parecia ameaçar esvaziar o curso. Vários estudantes os seguiram. A diferença entre a atmosfera no curso de Física de Rio Claro e o que esses docentes esperavam com a mudança foi sintetizadas numa carta que um deles mandou para o reitor Zeferino Vaz, na qual pedia que sua residência fosse transferida para Campinas: disse ele que queria "viver e respirar Física - não viver ilhado, cercado por não-Física por todos os lados."

Diante disso, Sawaya também reagiu e mandou em janeiro de 1968 um comunicado a Zeferino em termos duros. O episódio transformou-se em uma crise que envolveu, de um lado, a administração da universidade e, de outro, a diretoria da faculdade, respaldada por manifestações cada vez mais polarizadas de diversos setores da sociedade rioclarense (um secretário do governo chegou a dizer que ele e sua família não podiam andar nas ruas da cidade). Aos ânimos cada vez mais exaltados somava-se a incerteza dos professores e alunos da faculdade, que passaram um ano sem saber se o curso seria transferido para Campinas ou não.

Enquanto isso, a situação financeira da faculdade se agravava. Os pagamentos de seus docentes e funcionários nos dois últimos meses de 1967 e em janeiro de 1968 tiveram que ser feitos pela universidade, com dinheiro retirado dos seus Institutos Centrais. Para 1968, as perspectivas eram sombrias. O próprio diretor Sawaya escreveu, numa carta a Zeferino de 23 de janeiro, que a Diretoria se achava "incapacitada de estabelecer qualquer programa de trabalho" para aquele ano.

Na mesma carta, Sawaya ameaçava demitir-se caso vingasse a tese da transferência imediata dos cursos. Três dias depois, assinava sua carta de demissão. No entanto, ainda teria que assistir, demissionário, ao desenrolar do processo até seu fim. 

Decisão no voto

Enquanto tudo isso acontecia, prosseguiam as reuniões entre Sawaya e os coordenadores dos Institutos de Física e de Matemática da universidade, para "entrosar" os cursos de Rio Claro com eles. Finalmente, em 8 de fevereiro de 1968, os coordenadores apresentaram ao Conselho Diretor da universidade sua proposta de como realizar esse "entrosamento". Sawaya não havia conseguido convencer Damy e Marques de fazer uma transferência paulatina. Segundo a proposta, haveria uma mudança parcial dos cursos de Física e Matemática para Campinas: as cadeiras básicas seriam transferidas e permaneceriam em Rio Claro as de Licenciatura, que eram ministradas na quarta série dos dois cursos. Além disso, a universidade se comprometeria a suprir as aulas de física e matemática em Rio Claro para quaisquer cursos que precisassem dessas disciplinas. Para sustentar a necessidade dessas medidas, Marcelo Damy apresentou os abaixo-assinados e cartas dos professores e dos alunos de Rio Claro o documento do CEMAFI e, ironicamente, até as avaliações do próprio Sawaya sobre as condições ruins da Faculdade. Além disso, havia o ônus de manter cursos duplicados em Campinas e Rio Claro.

O diretor, evidentemente, se opôs. Contrapôs a proposta de os cursos serem transferidos apenas quando estivessem devidamente instalados, em Rio Claro, os novos cursos de Geologia e Superior de Florestas e o colégio técnico. O vice-diretor, Antônio Buschinelli, preferia manter os cursos como estavam, na faculdade. A proposta de Damy e Marques venceu por 6 votos a 4, com três abstenções (curiosamente, o mesmo placar com que perderam as outras duas, só que invertido).

Interferência do governo estadual

No entanto, três dias depois, Zeferino recebia uma carta do governador do Estado, Abreu Sodré, questionando a "extinção" dos cursos de Física e Matemática da faculdade de Rio Claro ("extinção" era uma expressão usada por Paulo Sawaya, o que indica a sua influência na postura do governador). Como, pela lei, esse tipo de reorganização da estrutura de uma universidade só podia ser feita por decreto do Executivo, pedia à Reitoria para sustar a transferência, enquanto enviava ao governo estadual um relatório com os motivos pelos quais os cursos estariam sendo transferidos e alternativas à transferência, caso ela não acontecesse. Além disso, o governador queria escutar o Conselho Estadual de Educação a respeito.

Zeferino imediatamente enviou um ofício ao CEE informando os motivos da transferência. Uma semana depois, no dia 19 de fevereiro, o Conselho analisou o relatório do reitor, com a presença de Sawaya, que foi convidado por deferência. Este, ao saber do conteúdo, reagiu enviando a Zeferino "Informações" contestando o que ele tinha escrito.

Era necessário ainda, porém, deliberar no Conselho Diretor da universidade sobre os outros pedidos de Abreu Sodré. O coordenador geral dos Institutos, Paulo Gomes Romeo, redigiu quatro alternativas para o caso da transferência dos dois cursos não se concretizar totalmente. A quarta alternativa era a não-transferência total seguida do desligamento da faculdade da universidade, revertendo-a à sua situação anterior à incorporação.

O debate final

A reunião foi no dia 22 de fevereiro. Paulo Sawaya não compareceu; para representar a Diretoria, foi o diretor associado, Antônio Buschinelli. Os presentes não se resumiram a aprovar as alternativas de Romeo; houve também uma interessante discussão entre, de um lado, Zeferino e Damy e, de outro, Buschinelli, a qual parece dar uma boa ideia de como o debate vinha se desenrolando. Como bem notaram alguns dos presentes, as argumentações dos dois lados eram de ordens muito diferentes: Zeferino e Damy pensavam em termos exclusivamente técnicos, invocando a eficiência e a fidelidade à letra da legislação; Sawaya e Buschinelli apelavam à tradição da faculdade e ao impacto da transferência dos cursos sobre o espírito dos rioclarenses. Ou seja, as duas argumentações não se articulavam, o que dificultava muito alcançar qualquer consenso. Ao mesmo tempo, a posição da Diretoria se enfraquecia por causa da natureza do que tinha que defender, que os obrigava a dois tipos de argumentos conflitantes: de um lado, a lembrança da situação calamitosa das finanças e do corpo docente da faculdade, para justificar o socorro da universidade; e, de outro, e o argumento de que ela vinha conseguindo desempenhar satisfatoriamente sua função e por isso não poderia ser desmantelada. Enquanto isso, os argumentos de Zeferino e Damy eram matematicamente unificados e focados.

Não bastasse isso, havia também problemas sobre o significado dos termos usados – “transferência”, “entrosamento”, “integração” –, o que em geral prejudicava a Diretoria. A expressão "transferência imediata" praticamente não apareceu na ata; ao que parece, ninguém queria pronunciá-la, mas entendia-se que estava implícita na proposta de Damy e Marques. No entanto, a ambiguidade que isso poderia gerar foi utilizada por Zeferino quando insistia em que o próprio Sawaya defendia a "transferência" e agora tinha mudado de ideia e usava contra o diretor seus próprios argumentos de dois meses antes. Na verdade, Sawaya havia escolhido desde muito antes o termo “entrosamento”, que indicava que ele não pensava em integração física e geográfica.

Zeferino enviou ao CEE não só a lista de alternativas pedida pelo governador, mas também a crítica de Sawaya; mas anexou uma contracrítica sua na qual desmontava um a um os contra-argumentos do diretor.  O conjunto todo de documentos, desde o relatório de Zeferino ao CEE do dia 13, forma uma sequência de arrazoados entre a Diretoria, de um lado, e o reitor ou os coordenadores dos dois Institutos Centrais, do outro, cada um contestando os argumentos do anterior. Nesse conjunto, os argumentos da reitoria em defesa da transferência dos cursos parecem massacrantes.

O desligamento da faculdade

Enquanto o CEE não dava sua resposta aos papéis que Zeferino enviou, a mobilização rioclarense continuava, agora com a novidade de manifestações antitransferência vindas de dentro da faculdade. No dia seguinte ao da reunião do dia 22, foi enviado à reitoria outro abaixo-assinados de alunos da faculdade de Rio Claro, desta vez pedindo para os cursos de Física e Matemática ficarem na cidade. Entre eles, havia três que haviam assinado também o abaixo-assinado pedindo o contrário, no início de junho. No dia 8 de março, o presidente da Câmara Municipal de Rio Claro, Antônio Maria Marrote, mandou uma carta ao deputado federal Antônio Sylvio da Cunha Bueno, pedindo para, junto com outro deputado, Hamilton Prado, trabalhar para evitar a transferência dos cursos, mesmo que isso significasse o seu desligamento da universidade.

Mesmo assim, é de se surpreender que, duas semanas depois de Zeferino ter enviado os últimos papéis ao CEE, o reitor tenha mandado ao Conselho outra carta, desta vez defendendo o desligamento da faculdade da Universidade de Campinas. Dois dias depois, em 13 de março de 1968, o Conselho decidia pela não-transferência dos cursos e pela reversão da faculdade a Instituto Isolado de Ensino Superior, desligando-o da universidade. O projeto de lei para o desligamento foi enviado em 8 de junho e foi aprovada pela Câmara estadual em 10 de setembro. Na sequência de documentos do calhamaço do Siarq sobre Rio Claro, este desfecho parece tão súbito quanto deve parecer nesta narrativa.

Apesar do desligamento, os professores que foram a Campinas não voltaram, assim como alguns estudantes rioclarenses. Esses formaram o primeiro corpo docente do Instituto de Física, juntamente com três professores do ITA que se transferiram para a Unicamp na mesma época.