O Instituto de Física Gleb Wataghin é constituído por quatro departamentos:
GRADUAÇÃO
Nos cursos de Física da Unicamp, você aprenderá com cientistas qualificados, ativos em pesquisas de ponta e com reconhecimento internacional.
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PÓS-GRADUAÇÃO
Os cursos de Mestrado e Doutorado do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW)
têm por objetivo a formação de pesquisadores e docentes nas diversas áreas da física.
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PESQUISA
As pesquisas do IFGW distribuem-se por quase todas as áreas da Física, da Cosmologia e
Astrofísica à Física Quântica, do desenvolvimento de novas tecnologias aos combustíveis alternativos,
da Biofísica e Física Médica à Nanociência.
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EXTENSÃO
O IFGW realiza diversas atividades de Extensão junto à comunidade externa.
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BIBLIOTECA
A Biblioteca "Prof. Marcello Damy" do IFGW reconhece a importância do acesso à informação
científica e tecnológica e trabalha no sentido de oferecer aos seus estudantes, pesquisadores,
professores e colaboradores serviços, recursos e ferramentas de apoio.
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CENTRAL DE SERVIÇOS
O IFGW possui uma excelente infraestrutura laboratorial que pode ser muito útil à sociedade, através dos usos
do Laboratório Multiusuários - LAMULT, Equipamentos Multiusuários - EMUs.
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IFGW EM NÚMEROS
1967 - 2020
0
Formados
0
Bacharelado em Física
0
Bacharelado em Física Médica/Biomédica
0
Licenciatura em Física
0
Engenharia Física
0
Dissertações de Mestrado
0
Teses de Doutorado
QUADRO ATUAL
0
Docentes
0
Professores Convidados
0
Pós-Docs
0
Servidores não-Docentes
0
Estudantes de Graduação
0
Mestrandos
0
Doutorandos
Os raios cósmicos no porão
Lattes instala-se na Unicamp - Foi essa linha de pesquisa que Lattes transferiu à Unicamp. Como os prédios do campus novo da universidade ainda não existiam, o reitor falou para o grupo se instalar nos porões do prédio do antigo Ginásio Industrial Bento Quirino. Esse grupo era o antigo Grupo de Emulsões (GE).
Fachada do Colégio Bento Quirino (atual Colégio Técnico de Campinas, Cotuca), nos anos 1960, onde começaram as atividades do Instituto de Física da Unicamp Fonte: Arquivo Central da Unicamp (Siarq)
Ali embaixo, eram reveladas as chapas fotográficas trazidas de Chacaltaya (outras chapas eram também reveladas no Japão). Poucos meses depois de chegar, o grupo de Lattes anunciou a observação de mais uma bola de fogo, a que chamou "açu". Em 1969, foi observado a maior de todas, a "Andrômeda", que repercutiu na imprensa.
Um testemunho de um dos alunos de Lattes, Armando Turtelli, transmite uma imagem viva de como era a vida nos porões do Cotuca naquela época:
O fato de Lattes ter transferido seu grupo para a Unicamp tornou possível dar impulso às pesquisas sem grandes somas de dinheiro, pois os equipamentos já existiam, e também o observatório de Chacaltaya, os recursos humanos e a cooperação internacional, e era um tipo de pesquisa possível de ser feita no prédio do Bento Quirino. O resultado foi que, apenas dois anos depois de instalado o Instituto, este já era notícia em grandes jornais e nas edições de 4 e de 25 de junho da revista Veja - por causa das descobertas das bolas de fogo por Lattes, especialmente da Andrômeda.
Cientistas do IFGW trabalhando no porão do Colégio Bento Quirino nos anos 1960 Foto: Antoninho Perri/Acervo do Arquivo Central da Unicamp (Siarq)/Acervo de Edison Shibuya
Depois de Lattes - As pesquisas sobre raios cósmicos no IFGW aumentaram e se diversificaram ao longo de sua existência. Em meados dos anos 1990, as detecções com chapas fotográficas foram substituídas por detecções eletrônicas, que levaram ao envolvimento estreito do Instituto com o projeto internacional Pierre Auger. O objetivo deste projeto é descobrir que fenômeno astronômico pode ser capaz de produzir os chamados raios cósmicos ultra-energéticos. Uma única partícula desses raios (do tamanho de um núcleo atômico) pode ter tanta energia quanto uma bola de tênis a 100 km/h. Isto ainda não tem explicação consensual. Para encontrá-la, foram construídos dois grandes observatórios nos Hemisférios Norte e Sul.
Apesar de o observatório de Chacaltaya ter sido desativado nos anos 1990, as chapas fotográficas ainda possuem muito material não analisado ou possível de ser revisitado e os cientistas da Unicamp continuam trabalhando com elas. Além disso, as pesquisas passaram a incluir também a outra vertente da física das partículas experimental, os aceleradores de partículas, por meio de cooperações internacionais com grandes laboratórios dotados desses equipamentos, como o Fermilab, o de Brookhaven (EUA), o LVD (Itália) e o CERN (França/Suíça). Nas duas vertentes, a partir dos anos 1980, passou-se a realizar pesquisas intensas com os neutrinos, partículas envolvidas em vários fenômenos físicos cruciais, desde a astrofísica até a física fundamental. Todas essas novas vertentes são investigadas atualmente também pelo Grupo de Léptons (GL), Grupo de Estudo de Física e Astrofísica de Neutrinos (GEFAN) e Grupo de Física Teórica (GFT).
Também merece menção uma outra pesquisa iniciada por Lattes em 1970 que resultou em diversas linhas de estudos sobre Física Nuclear. Ele queria testar uma hipótese levantada pelo físico inglês Paul Dirac (1902-1984) em 1937, segundo a qual as constantes universais, como a carga do elétron, a constante de Planck, a velocidade da luz no vácuo e a constante gravitacional, não seriam totalmente constantes, mas variariam no tempo, especialmente no início da história pós-Big-Bang. Para isso, a idéia era verificar se havia algum desvio entre a observação de alguns fenômenos relacionados à Física Nuclear feita por diferentes métodos. Não se obteve precisão suficiente para se observar qualquer suposto desvio, mas isso gerou várias outras linhas de pesquisa na Física Nuclear, como as medidas de contaminação radioativa, terapias contra câncer, termocronologia (determinação das temperaturas das rochas no passado remoto) e fissão nuclear. Essa é a origem do atual Grupo de Cronologia (GC).