Energia e o Meio Ambiente

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A 19ª Oficina de Física, com o tema Energia e o Meio Ambiente, será realizada no próximo dia 23 de junho de 2007 (sábado) no auditório do IFGW das 8:00 as 17:30h.

As Oficinas de Física consistem de palestras de divulgação da ciência e pesquisa atual centradas no tema da Oficina e são abertas a todos os interessados e, em especial, a professores do ensino médio.

As Oficinas de Fisica fornecem Certificado de Participação.

Apresentamos abaixo detalhes sobre as palestras da XIX Oficina, que incluirá também a apresentação de sistemas experimentais.

Palestras da XIX Oficina de Física

A ENERGIA SOLAR

Prof. Dr. Francisco das Chagas Marques (IFGW/UNICAMP) (IFGW/UNICAMP)

A energia solar é uma das fontes mais promissoras de energia por ser barata, livre de poluição e inesgotável. Neste seminário faremos uma breve introdução aos mecanismos de geração de energia fotovoltaica. Serão também descritos alguns processos de fabricação de células solares e algumas aplicações de painéis fotovoltaicos.

APLICAÇÕES DA ENERGIA SOLAR: CÉLULAS SOLARES E PURIFICAÇÃO DE ÁGUA

Profa. Dra. Cláudia Longo (IQ/UNICAMP)

Os óxidos semicondutores, em especial o TiO2, apresentam características físico-químicas que possibilitam aproveitar a energia solar em aplicações de grande interesse tecnológico e ambiental. O TiO2 é um semicondutor que absorve radiação ultravioleta e apresenta propriedades fotocatalíticas para degradação de diversos poluentes, o que lhe confere aplicação em sistemas para purificação de água. Quando modificado com um corante que absorve radiação visível, também é utilizado na montagem de células solares, dispositivos que convertem energia solar em energia elétrica. Estas aplicações mostram a importância da pesquisa em semicondutores, contribuindo para a geração de energia e a preservação do meio ambiente.

A USINA DE ÁLCOOL: UMA INDÚSTRIA QUÍMICA DE FONTE RENOVÁVEL

Prof. Dr. José Augusto R. Rosário (IQ/UNICAMP)

A cana de açúcar tem gerado riqueza para nosso país desde sua descoberta, sendo responsável pelo mais duradouro ciclo econômico de origem não extrativista. A fermentação do melaço acompanhou a produção de açúcar gerando a cachaça e o rum, se transformando lentamente na maior tecnologia industrial desenvolvida no país. Vamos discutir o processo de fermentação alcoólica e sua importância atual, não apenas para gerar um combustível líquido de fonte renovável. Veremos que esse processo possui potencial para se transformar na base de uma grande indústria química, desencadeando uma ?economia etanol? contribuindo para acentuar a interiorização industrial do país. Discutiremos também os aspectos econômicos dessa indústria e os reflexos que ela gera para a sociedade.

ENERGIA, MEIO AMBIENTE E HIDROGÊNIO

Prof. Dr. Ennio Peres da Silva (IFGW/UNICAMP)

As conclusões que os especialistas têm apresentado sobre as mudanças climáticas globais (Relatório IPCC) apontam para a necessidade de medidas urgentes de contenção das emissões de gases de efeito estufa, entre elas a ampliação do uso de fontes renováveis de energia, já que o uso de combustíveis fósseis é uma das origens do problema. Entretanto, a maioria das fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar fotovoltaica, geotérmica) produz energia elétrica, mas não gera num combustível direto, com exceção das biomassas (madeira, cana, óleos vegetais). Portanto a conversão de eletricidade em combustível tornou-se um ponto de interesse vital, sendo que a produção de hidrogênio por meio da eletrólise da água é o processo de conversão de maior eficiência conhecido. O hidrogênio também pode ser obtido diretamente das biomassas através de processos de reforma e gaseificação, bem como de combustíveis fósseis e através da energia nuclear. O desenvolvimento científico e tecnológico associado ao uso energético do hidrogênio tornou-se uma estratégia de grande interesse e investimentos nos países industrializados. Discutiremos os fundamentos e o estado da arte desta tecnologia, os investimentos e programas de pesquisa, desenvolvimento e industrialização, e em especial a situação brasileira no setor.