XXIII Oficina de Física
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A XXIII Oficina de Física, com o tema “Astronomia e Astrofísica”, será realizada no próximo dia 8 de Novembro de 2008 (sábado).
As Oficinas de Física consistem de palestras de divulgação da ciência e pesquisa atual centradas no tema da Oficina e são abertas a todos os interessados e, em especial, a professores do ensino médio.
As Oficinas de Fisica fornecem Certificado de Participação.
Palestrante | Tema - Atividade | Horário |
---|---|---|
Abertura | 08:30-08:45 | |
Prof. Roberto de Andrade Martins | A compreensão sobre a estrutura do universo no início do século XX | 08:45-09:45 |
Perguntas e discussões | 09:45-10:00 | |
Intervalo para Café | 10:00-10:30 | |
Prof. Ernesto Kemp | Física de Astropartículas | 10:30-11:30 |
Perguntas e discussões | 11:30-11:45 | |
Intervalo para Almoço | 11:45-13:00 | |
Prof. Pedro Cunha de Holanda | O Modelo Cosmológico Padrão | 13:00-14:00 |
Perguntas e discussões | 14:00-14:15 | |
Intervalo para Café | 14:15-14:45 | |
Rogério Marcon | Contribuições dos Amadores na Astronomia - Da Construção do Telescópio à Espectroscopia | 14:45-15:45 |
Perguntas e discussões | 15:45-16:00 | |
Encerramento | 16:00 |
Prof. Roberto de Andrade Martins (Departamento de Raios Cósmicos e Cronologia - DRCC/IFGW)
A compreensão da estrutura do universo sofreu uma grande mudança no século XX. Até o final do século XIX, pensava-se que as "nebulosas" (corpos celestes que parecem pequenas nuvens, quando vistos ao telescópio) eram regiões do céu onde estavam nascendo estrelas. Cada nebulosa iria dar origem a uma única estrela e (talvez) planetas. Essa idéia era coerente com a teoria de formação do sistema solar, proposta por Laplace no final do século XVIII, que era a mais aceita. No entanto, o estudo desses corpos celestes, aproximadamente em 1920, levou à compreensão de que eram enormes agregados de milhões de estrelas, que estavam tão distantes de nós que pareciam corpos celestes pequenos. Logo depois, o estudo desses mesmos corpos levou à descoberta de que eles estavam se afastando uns dos outros e mudou toda a concepção sobre a estrutura do universo.
Rogério Marcon (Departamento de Física Aplicada - DFA/IFGW)
A participação dos astronomos amadores na Astronomia se faz principalmente em áreas onde a disponibilidade de instrumentos de observação profissionais é limitada. Áreas como a observação de estrelas variáveis, busca de supernovas, atividade solar e recentemente a espectroscopia.
Com o avanço da tecnologia e sua popularização, instrumentos mais eficientes puderam ser utilizados e até mesmo construídos pela comunidade de astrônomos amadores e sua utilização permitiu a sua contribuição nestas áreas.Na palestra serão dados exemplos de construção de instrumentos indo desde o telescópio propriamente dito e a construção do seu espelho até a montagem e utilização de espectrografos com detectores CCD para utilização em espectroscopia estelar e solar.
Prof. Ernesto Kemp (Departamento de Raios Cósmicos e Cronologia - DRCC/IFGW)
A Física de Astropartículas pode ser vista como a área de física que lida com a interdependência entre as menores e maiores estruturas do universo. Exemplos como a luneta de Galileo e a antena de rádio de Penzias e Wilson, usada para detectar a radiação remanescente do "Big Bang", nos mostram como a ciência dá grandes saltos quando se abrem novas "janelas" de observação do cosmos. Assim, ao usarmos as partículas produzidas em ambientes astrofísicos extremos como testemunhas e portadoras de informações dos processos físicos que ali ocorrem, conseguimos aumentar nosso conhecimento sobre os mais variados objetos celestes. Por outro lado, estas partículas são criadas por processos físicos em escalas que não podemos reproduzir em laboratório, fazendo com que sua detecção nos revele suas propriedades em condições que nenhum acelerador terrestre consegue atingir. Neste cenário de conexão entre astrofísica, cosmologia e partículas elementares que mostraremos os vários experimentos da área e seus resultados mais relevantes.
Prof. Pedro Cunha de Holanda (Departamento de Raios Cósmicos e Cronologia - DRCC/IFGW)
Nos últimos anos uma grande quantidade de experimentos possibilitou pela primeira vez testar com precisão modelos teóricos para a história do universo. O resultado desta análise é que hoje temos um modelo cosmológico que reproduz muito bem quase todos os observáveis cosmológicos medidos por tais experimentos. Neste modelo, o universo tem um pouco mais de 13 bilhões de anos de existência, e começou de uma forma bastante quente e compacta. A matéria que conhecemos, formada por prótons, nêutrons, elétrons, não corresponde ao total de matéria medido gravitacionalmente. Ao que tudo indica, existe uma forma de matéria que não interage como a matéria conhecida, e no entanto é 5 vezes mais numerosa. Além disso um componente ainda mais exótico parece estar presente, uma forma de energia cujo efeito na evolução do universo parece ser a de uma gravidade negativa, a energia escura. Apresentarei neste seminário os pontos principais deste modelo cosmológico, denominado modelo cosmológico padrão.
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