Quinta-feira, Agosto 26, 2021, 16:00

Título: AstroBioQuímica: Estudo de moléculas orgânicas em galáxias ativas

Profa. Dinalva A. Sales (Universidade Federal do Rio Grande)

"Prêmio Carolina Nemes 2020"

Resumo:

Uma fração considerável do carbono no meio interestelar (ISM), aproximadamente 20% ou mais, está na forma de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) e acredita-se que os PAHs são moléculas orgânicas que podem ter contribuído para a construção do material pré-biótico que formou a vida na Terra. Os espectros no infravermelho médio (MIR) de objetos galácticos e extragalácticos são dominados por bandas de emissão fortes a 3.3, 6.2, 7.7, 8.6, 11.3 e 12.7 μm, geralmente atribuídas aos PAHs e espécies relacionadas. Durante muito tempo acreditou-se que galáxias que possuem buracos-negros supermassivos (SMBH), nomeadas como núcleo ativo de galáxias (AGNs), possuem um intenso e energético campo de radiação advindo do disco de acresção do SMBH capaz de destruir as moléculas de PAHs próximas dos SMBHs dos AGNs. A falta de dados com alta resolução angular e espectral ajudou a dificultar a compreensão das propriedades físico-químico das moléculas de PAHs e seu uso como ferramenta de diagnóstico da fonte de ionização em galáxias. Entretanto, após mais de uma década de estudos usando dados observacionais dos telescópios Spitzer e Gemini, assim como bibliotecas teóricas de PAHs e técnicas de análise de sinal, foi possível demonstrar que as moléculas de PAHs em AGNs, além de serem maiores (> 180 átomos de carbono) que as moléculas encontradas em galáxias com formação estelar (< 180 átomos de carbono) também possuem, em sua maioria, moléculas de PAHs com diferentes graus de ionização.

 

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