Burburinho de crianças, barulhinho bom que modificou a rotina dos Laboratórios de Ensino Óptica e Vácuo/criogenia e de Instrumentação para o Ensino da Física na tarde desse 26 de setembro.

As setenta crianças e quatro professores do 6º ano do Colégio Rio Branco de Barão Geraldo participaram entusiasmadamente da visita planejada. Tudo começou no ano passado quando o Prof. Cristiano Cordeiro, docente do DEQ e que tem seu filho na escola, conversou com o pessoal da escola dizendo que esse seria o momento correto para que os alunos do 5º ano realizassem a visita aos laboratórios do IFGW, incentivando as crianças a se interessarem por ciências. “Na minha opinião as crianças devem ter contato com pesquisadores de ciências desde muito cedo, despertando o interesse precocemente. Muitas vezes quando chegam no ensino médio eles pensam que não gostam da área por pura falta de incentivo”, ressalta Cristiano. A escola começou um trabalho junto aos professores para que preparassem conteúdo e discussões em sala, os quais culminaram com a visita. Os professores do colégio Bruno e Miriam ressaltam que os conteúdos de ciências, história e geografia da escola foram pensados, planejados e desenvolvidos para que essa visita fosse muito proveitosa para os pequenos e curiosos alunos. A orientadora educacional do colégio, Eliane Antunes, explica que o objetivo maior da visita é mostrar a pesquisa científica para os alunos. “Eles não têm a visão de que todo o nosso desenvolvimento tecnológico começa com os cientistas fazendo pesquisas e que depois elas acabam virando produtos do universo deles, tais como tablets, celulares, games etc”, finaliza.

Para o técnico de Laboratório de Criogenia, Renato Lopes Souza, essas visitas deveriam ser mais frequentes porque incentivam as crianças a pensarem nos fenômenos cotidianos e a gostarem de ciências em geral. “O próprio Prof. Pascoal Pagliuso certa vez veio com a sua escola num programa de Universidade Aberta (UPA). Eu me lembro que dei explicações a ele aqui nesse mesmo laboratório. E foi nessa visita que ele decidiu qual profissão seguir, construindo sua carreira de Físico. Hoje é o diretor do nosso Instituto”, conclui emocionado.

Tiago Alegre, coordenador do Laboratório de Instrumentação para o Ensino da Física (LIEF), disse que essa foi a primeira experiência com crianças de até 12 anos e que foi muito produtiva porque gostaram de tudo o que viram e experimentaram no laboratório. “Eles são muito entusiastas, com perguntas inteligentes e inusitadas porque eles não têm os conceitos prontos em mente”. Na avaliação do professor a experiência foi aprovada. “Deveremos nos planejar para receber mais vezes as crianças menores. É um momento único para eles e para nós também. Tenho muita satisfação em participar de projetos como esse”, finaliza.

Giovani Batalha Ferreira, 11 anos, pensa que a visita foi excelente porque sempre teve vontade de conhecer laboratórios. “Parte das experiências que vimos aqui eu já havia visto em algum lugar, mas eu não havia tido explicações. Eu fiz muitas perguntas e eu gostei muito de todas as respostas. Me ajudaram bastante a entender muitas coisas”, comenta. Giovani ainda ressalta que a escola devia proporcionar essas visitas a alunos de outras séries, menores e maiores. “Foi o melhor do ano inteiro”, comemora.

Na página do LIEF - http://sites.ifi.unicamp.br/lief/atendimento/ - as escolas interessadas podem preencher o formulário de contato, solicitando agendamento.

A Coordenadoria de Extensão agradece ao Colégio Rio Branco e também a participação de todos os professores, funcionários e monitores envolvidos nessa bela e divertida empreitada.