Os estudantes Milena Cardoso França e Andrey da Silva Mori desenvolveram, ainda no ensino médio, um experimento na área da física óptica para visualização tridimensional que dispensa o uso óculos especiais. A pesquisa consistiu na montagem de um estereoscópio utilizando dois espelhos e dois monitores de LCD (Liquid Crystal Display). A imagem exibida em cada monitor é refletida por um dos espelhos, produzindo, deste modo, o efeito de tridimensionalidade (3D). O instrumento é muito similar ao estereoscópio de Charles Wheatstone (1802-1875), o primeiro da história. Ao invés de usar fotografias como o instrumento de Wheatstone, os alunos empregaram uma técnica digital por meio dos monitores de LCD.

Os jovens Andrey Mori e Milena França

Os resultados do trabalho - desenvolvidos pelos estudantes nos últimos dois anos como parte das atividades do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC-EM) da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da Unicamp - foram publicados recentemente na Revista Brasileira de Ensino de Física. As atividades de pesquisa se deram junto ao Laboratório de Óptica, sob a orientação do professor José Joaquin Lunazzi, do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW). O título do artigo científico é “Revivendo o estereoscópio de Wheatsone”

O orientador, professor José Joaquim Lunazzi

Para Andrey da Silva Mori, que entrou este ano na graduação da Unicamp, a participação no programa de iniciação científica ampliou sua visão de universidade e de pesquisa. “Sempre tive um interesse muito grande pela pesquisa. Então, quando surgiu a oportunidade de participar de um experimento na física da Unicamp, eu ‘abracei’ a ideia. Isso me atrai muito. E a experiência do Pibic-EM foi muito boa. Hoje, eu já estou na graduação da Unicamp, mas ainda não escolhi qual curso vou fazer”, conta o estudante. Andrey Mori fez a opção pelo chamado curso 51 ou cursão. Ele poderá, após concluir  as disciplinas do núcleo comum, optar pela graduação em Física, Engenharia Física, Física Médica, Física Biomédica, Matemática ou Matemática Aplicada e Computacional. 

“A intenção da Unicamp nessa aproximação com o ensino médio por meio de programas como o PIBIC-EM é sempre despertar a ciência nos jovens. E quanto mais cedo isso acontecer, melhor. Gostaria de parabenizar os estudantes e dizer que este é mais exemplo de como este processo está caminhando tão bem na Universidade”, disse a pró-reitora de Pesquisa, Gláucia Pastore. 

Ela foi convidada pelo professor José Joaquin Lunazzi a conhecer, pessoalmente, o experimento desenvolvido pelos estudantes em seu laboratório. Também participaram o diretor do IFGW, Newton Cesario Frateschi e seu associado, o professor Luís Eduardo Evangelista de Araújo. 
Pró-Reitora de Pesquisa e diretores do IFGW visitam laboratório

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