Patentes geradas no IFGW são atração na Inova Campinas
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O IFGW esteve muito bem representado pelo Prof. Cristiano Cordeiro durante o evento Inova Campinas, promovido pela Unicamp, Fundação Fórum Campinas e pela Prefeitura da Cidade e que ocorreu nesta quarta-feira, 25/10, no pavilhão Expo Dom Pedro, em Campinas. O docente do Departamento de Eletrônica Quântica e responsável pelo Laboratório de Fibras Ópticas Especiais & Materiais Fotônicos (LaFE) foi convidado pela Inova – Agência de Inovação da Unicamp – para apresentar duas das suas oito patentes depositadas nos últimos anos.
Uma das linhas de pesquisas do professor Cristiano trata de desenvolver sensores ópticos de modo a tornar as fibras ópticas convencionais ou especiais - de plástico, por exemplo - sensíveis a parâmetros externos. “Nas aplicações costumeiras as fibras são utilizadas para transmitir informações, guiando a luz, sem qualquer alteração em seus parâmetros por ação externa. No nosso laboratório, dentre outros estudos, desenvolvemos sensores para medir ações externas na fibra como temperatura e tração mecânica – distensão da fibra – ao mesmo tempo e com separação na análise dos dois eventos, utilizando uma única fibra.”, explica o professor. No evento foi apresentada uma miniatura de um viaduto no qual foram colocados dois sensores ao longo de uma fibra, um na parte central e outro próximo ao pilar de sustentação. Na porção central foi colocado um peso de forma a existir uma maior deformação nessa parte. Com a análise dos dados dos sensores se consegue quantificar numericamente o quanto a estrutura se deformou e medir a temperatura do ambiente. Os sensores de tração podem ser utilizados para monitorar grandes obras como pontes, viadutos, locais de difícil acesso ou potencialmente perigosos, ou ainda onde sensores elétricos/eletrônicos convencionais não possam ser colocados, como torres de transmissão de energia elétrica, por exemplo.
O outro experimento apresentado foi a aplicação de sensor baseado em fibra na determinação da pureza da gasolina. “Os automóveis com os chamados “motores flex” alteram as configurações do motor de acordo com o combustível colocado no tanque – gasolina, etanol ou qualquer mistura entre eles – e aquele consumidor que prefere ter seu carro funcionando apenas com gasolina fica sem condições de saber se o combustível que está adquirindo está dentro dos padrões legais da mistura. A nossa aplicação consegue determinar de maneira muito precisa se a gasolina está ou não adulterada, ou seja, com a mistura de etanol dentro ou fora dos padrões legais que giram em torno de 25 a 27% “, esclarece Cristiano. Claudecir Biazoli foi aluno e pesquisador no LaFe por dez anos e trabalhou no desenvolvimento dessas tecnologias, sendo um dos detentores das patentes. Retorna agora com o objetivo de montar uma empresa startup junto com a Inova Unicamp para fabricar e comercializar os sensores. “A ideia da nossa participação na Inova Campinas é mostrar os protótipos para possíveis investidores governamentais ou privados e assim conseguirmos os recursos para a alavancagem da empresa”, observa Claudecir.
Para Iara Ferreira, Diretora de Parcerias e Transferência de Tecnologia da Inova Unicamp, toda atividade que faça o elo entre a universidade e as empresas é muito importante. “Acreditamos que a transferência de tecnologia não é uma via de mão única, mas sim de duas. Aqui enxergamos uma forma de ofertar as tecnologias que temos no nosso portfólio de patentes e de divulgar o que é desenvolvido dentro da nossa universidade”. Os critérios básicos para a escolha das patentes apresentadas na feira foi estarem aptas para o estágio de internacionalização da tecnologia e terem no máximo dois anos de depósito. “Todas as tecnologias depositadas na Inova Unicamp nos últimos dois anos e meio foram ofertadas pelo menos três vezes para empresas”, finaliza. De acordo com Rafael Marangoni, analista de parcerias da Inova Unicamp, essas patentes também foram escolhidas porque algumas empresas têm se mostrado bastante interessadas por elas. “Eu propus essas duas patentes para a escolha da nossa diretoria por entender que os experimentos teriam uma boa aceitação pelo público da Inova Campinas, e também por entender que o IFGW poderia ter mais inserção na área de inovação. E o grupo do Prof. Cristiano representa bem todos esses pontos”, comenta Rafael.
Para saber mais sobre as tecnologias acesse: Site LaFE
Equipe do LaFe Prof. Cristiano Cordeiro, Claudecir Biazoli e Stenio Aristilde explica protótipo ao Reitor Marcelo Knobel
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