Esse problema acaba de ser elucidado por um pesquisador brasileiro, Vinícius Njaim Duarte, atualmente realizando trabalho de pós-doutoramento no Laboratório de Física do Plasma de Princeton, nos Estados Unidos.

A repercussão do trabalho de Vinícius foi tanta que, no maior tokamak dos Estados Unidos, o DIII-D, foram realizados experimentos dedicados a testar o modelo por ele proposto. E os resultados experimentais confirmaram as predições do modelo.

"Ondas eletromagnéticas excitadas por partículas rápidas em tokamaks podem apresentar variações bruscas de frequência que, em inglês, são chamadas de chirping [o chilrear dos pássaros]. Não se compreendia por que em algumas máquinas isso aparecia e em outras não. Usando modelagem numérica bastante complexa e dados experimentais, Vinícius mostrou que a produção ou não do chirping - e, portanto, o caráter da perda de partículas e energia - depende do nível de turbulência do plasma existente no interior do tokamak, no qual estão ocorrendo as reações de fusão nuclear. Se o plasma não for muito turbulento, o chirping acontece. Mas, se for muito turbulento, não," explicou o professor Ricardo Magnus Galvão, que foi o orientador do doutoramento de Vinícius no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP).

Artigo: Theory and observation of the onset of nonlinear structures due to eigenmode destabilization by fast ions in tokamaks Autores: V. N. Duarte, H. L. Berk, N. N. Gorelenkov, W. W. Heidbrink, G. J. Kramer, R. Nazikian, D. C. Pace, M. Podestà , M. A. Van Zeeland Revista: Physics of Plasmas Vol.: 24, 122508 DOI: 10.1063/1.5007811

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