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Colóquio da Pós-Graduação: "Ondas Gravitacionais: Prêmio Nobel de 2017 e uma nova janela para o Universo" - Odylio Denys de Aguiar – Divisão de Astrofísica / Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Quinta-feira, Novembro 16, 2017, 16:00

Resumo: Ondas gravitacionais foram detectadas pela primeira vez em 14 de setembro de 2015, às 6h51 (horário de Brasília) pelos detectores gêmeos do Observatório Interferométrico de Ondas Gravitacionais LIGO (do inglês Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory), localizados em Livingston, Louisiana, e Hanford, estado de Washington, nos Estados Unidos, cerca de 100 anos após terem sua existência prevista por Albert Einstein, em sua teoria da Relatividade Geral. O sinal detectado era o de um par de buracos negros espiralando um em direção ao outro, seguida do ressoar do buraco negro resultante da fusão dos dois. Esta fusão ocorreu a uma distância de ~ 1.3 bilhões de anos-luz. As massas dos buracos negros iniciais eram de 29 M⊙ (massas do Sol) e 36 M⊙, e a massa do buraco negro resultante foi de 62 M⊙. Cerca de 3.0 M⊙c2 de energia foi irradiada na forma de ondas gravitacionais. Este evento inaugurou a Astronomia de Ondas Gravitacionais, uma nova janela para observar o Universo. De lá para cá, outros três eventos envolvendo também pares de buracos negros foram detectados em 26 de dezembro de 2015, 04 de janeiro e 14 de agosto de 2017, este último também detectado pelo interferômetro Virgo, consolidando esta astronomia. Porém, um evento ainda mais impressionante foi observado no dia 17 de agosto de 2017, às 09:41:04 (do horário de Brasília). Tratava-se do sinal em ondas gravitacionais de um par de estrelas de nêutrons, que ao se fundirem, diferentemente dos pares de buracos negros, emitiram uma gama enorme de ondas eletromagnéticas, que cobriram boa parte de todo o espectro, inaugurando um novo tipo de astronomia, chamada de multimensageira, envolvendo observação conjunta de ondas gravitacionais e eletromagnéticas. Nesta apresentação daremos maiores detalhes sobre estas ondas gravitacionais, os detectores, o que já aprendemos com todas estas detecções e as consequências desta fenomenal conquista da ciência contemporânea, ganhadora do prêmio Nobel de Física de 2017. Também traçaremos as perspectivas para o futuro da recém-inaugurada Astronomia de Ondas Gravitacionais.

Palestrante: Odylio Denys de Aguiar – Divisão de Astrofísica / Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Local Auditório do IFGW