Título: A abelha, a flor e o campo elétrico

O biólogo sensorial Daniel Robert ministrará a palestra “A abelha, a flor e o campo elétrico”. O evento acontecerá no dia 6 de abril, às 14 horas, no auditório do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW). David tem 22 anos de experiência em biomecânica e ecologia sensorial de sistemas auditivos de escala reduzida e é professor de Bionanociência na Escola de Ciências Biológicas na Universidade de Bristol, Reino Unido.

Resumo da palestra

Insetos usam diversos sentidos para encontrar alimento, captando sinais de flores como cor, forma, padrões e substâncias voláteis. Vou descrever um sentido até agora não reconhecido nas mamangavas (Bombus terrestris): a detecção de campos elétricos florais. Estes campos, que são afetados pela visita de abelhas naturalmente carregadas, agem como sinais das flores. Assim como os sinais visuais, os campos eléctricos florais exibem variações no padrão e na estrutura, que podem ser identificados por mamangavas. Também vou mostrar que essas informações do campo elétrico contribuem para o arranjo complexo dos sinais florais que, em conjunto, melhoraram a memória do polinizador sobre as recompensas florais. Porque campos elétricos florais podem mudar em questão de segundos, essa modalidade sensorial pode facilitar a comunicação rápida e dinâmica entre flores e seus polinizadores.