Você sabe a maneira correta de escrever um projeto de pesquisa? Uma monografia? Uma tese? E um relatório? E um artigo científico? E já fez uma apresentação encantadora? Sabe a diferença entre todos os tipos de textos de comunicação científica? Ou escreve baseado em modelos que se perpetuam desde há muito tempo, sem inovação alguma?

Se você tem interesse em aprender como “vender melhor o seu peixe” deixando seu texto atraente para quem lê ou sua apresentação interessante para quem participa, o IFGW tem uma novidade importante para você: o Curso de Extensão “Como apresentar resultados científicos” no qual serão discutidos exemplos de casos reais e dicas importantes para cada tipo de texto científico. Será oferecido pela Extecamp – Escola de Extensão da Unicamp, entre os dias 04 e 14/06, de segunda a quinta, das 17 às 18:30 h, totalizando 12 horas de aulas. É um curso aberto para toda a comunidade científica da Unicamp e de outras universidades/faculdades interessadas.

Segundo o Prof. Jun Takahashi, professor do IFGW e idealizador do curso, o curso vem de encontro a uma necessidade da comunidade científica da universidade. “Venho notando nos meus cursos de graduação e de pós que os alunos têm pouca noção de como cada tipo de texto é composto, quais as partes importantes a serem destacadas em cada um deles ou quais as informações que devem conter para que o avaliador se sinta motivado a ler, a conceder uma bolsa, um auxilio, a prorrogar o tempo de um projeto de pesquisa, a fazer perguntas interessantes em uma defesa de tese, a aprovar um artigo para publicação etc. É muito desanimador ler um texto no qual o autor não coloca as informações de maneira adequada, sem fluência ou inovação”, explica Jun. Geralmente as pessoas da comunidade científica conhecem muito do conteúdo sobre o qual precisam escrever, mas não se sentem à vontade para colocar tudo o que sabem na linguagem técnica esperada. “Vão aprendendo na marra, sozinhos, com muito mais erros do que acertos. Então esse curso de extensão vai ajudar a se começar a escrita com o enfoque que precisa ser dado, fazendo com que todo o processo seja facilitado, o tempo dedicado otimizado e que o texto ou apresentação sejam interessantes do ponto de vista de quem lê ou vê”, esclarece Jun.

O professor Jun já apresentou com sucesso vários projetos de pesquisa e também é avaliador de projetos e relatórios em agências de fomento nacionais e internacionais, é referee de revistas científicas, de modo que conhece muito bem os dois lados do balcão. “Muitas vezes o projeto de pesquisa chega quase que sem pé nem cabeça, em textos repletos de referências, mas que não deixam claro quais os objetivos, qual será a metodologia, qual será a proposta e cronograma de trabalho. Dessa maneira o avaliador não consegue extrair do texto se o projeto é factível, se tem um potencial para obtenção de resultados científicos válidos e importantes para a área, se tem potencial de aplicabilidade ou não”, observa Jun. Comenta ainda que as ideias podem ser muito boas, mas se não forem bem colocadas no texto de acordo com o objetivo do texto – propor um projeto, relatar ou apresentar resultados - aumentam muito as chances de rejeição por parte de quem lê. Serão abordadas também no curso as técnicas para se confeccionar uma boa apresentação, seja para uma defesa de tese ou apresentação em conferências. “As pessoas juntam tudo o que precisam apresentar em poucos slides e pensam que quem vê vai entender tudo e pensar ser interessante, o que na maioria das vezes não é verdade. Isso resulta em apresentações pesadas para quem assiste”, comenta Jun.

A discussão sobre as métricas da produtividade científica será um outro aspecto a ser abordado no curso, uma vez que existem várias maneiras de se fazer. “É importante entender as métricas – o que são, para que servem, onde são encontradas - para quem se inicia na carreira de pesquisador”, explica Jun.

E a ética nas pesquisas? Será um outro tópico do curso. Existem muitas ações corriqueiras – como por exemplo buscar uma imagem na Internet para ser usada em um trabalho – e não se sabe que é proibido ou antiético. “Hoje em dia a maioria das informações estão disponíveis na internet, mas nem tudo pode ser utilizado sem o pagamento de copyright. E os alunos não conhecem a legislação”, esclarece o professor.

O público alvo são alunos de final de graduação, de pós-graduação e para quem quer se aprimorar e conhecer mais do assunto.

E você, vai ficar fora dessa? Clique aqui e inscreva-se até o dia 25/05 e garanta já a sua vaga.

Sobre a Extensão do IFGW

A Coordenação de Extensão do IFGW vem fazendo um esforço para promover o oferecimento de Cursos de Extensão. Já foram oferecidos dois cursos IN COMPANY para engenheiros da Motorola Mobile, empresa com sede em Jaguariúna. Foi realizada uma chamada de propostas para a comunidade do Instituo e o Prof. Jun foi o primeiro a oferecer um curso de extensão. Também há seis cursos em processo de tramitação, que estão sendo propostos e coordenados pelo Prof. Newton Frateschi, Diretor da Inova. Além desses, o Prof. Newton transferiu para o IFGW dois cursos que já vinham sendo oferecidos há algum tempo, mas que eram coordenados por outra unidade. “Esperamos que outros professores se disponham a oferecer cursos deste tipo, já que há muito conhecimento no Instituto que pode ser compartilhado com a comunidade”, completa o Prof. Mario Bernal, Coordenador de Extensão do IFGW.