Rodrigo Gonçalves Pereira, ex-aluno de graduação e mestrado do IFGW, ganhou a edição de 2017 do conceituado Prêmio Friedrich Wilhelm Bessel outorgado pela fundação alemã Alexander Von Humbolt.

Rodrigo foi aluno de Iniciação Científica do Prof. Eduardo Miranda enquanto fazia sua graduação em Bacharelado em Física (1998-2001). “Fiz a graduação e o mestrado no IFGW e essa época foi fundamental para eu descobrir meus interesses específicos dentro da Física”, explica. Na Iniciação Científica Rodrigo estudou métodos de teoria quântica de campos aplicados a sistemas de matéria condensada, que é sua área de pesquisa até hoje.

Segundo o Prof. Eduardo, no seu trabalho de mestrado – de 2002 a 2004 - ele se familiarizou com as técnicas teóricas mais importantes de análise de sistemas unidimensionais, que basicamente eram métodos de teorias de campos e bosonização. “Esses aprendizados foram muito importantes para o trabalho que desenvolveu no doutorado e pós-doc”, observa o professor.

O Prof. Eduardo lembra-se que fazia reuniões semanais com Rodrigo para discussões a respeito do que havia feito e sobre os próximos passos. “Na semana seguinte, ele chegava com tudo feito e editado no LaTeX - o formatador de texto usado para escrever artigos. Vinha com o que tínhamos discutido e um pouco mais. Ele antecipava o que deveria ser feito, mostrando sua maturidade e independência”. Conta que eles escreveram dois artigos durante o mestrado e que Rodrigo dominou a técnica de produção de artigos muito precocemente na sua carreira. Participava de discussões com doutorandos e pós-docs em pé de igualdade. “Rodrigo teve uma formação sólida e generalista, se dedicava com afinco ao trabalho de pesquisa e tinha grande capacidade individual: três qualidades que fizeram dele um excelente cientista. A dissertação de mestrado de Rodrigo ganhou como a melhor do Instituto no ano em que concorreu”, finaliza o professor.

Rodrigo relembra que o foi o Prof. Eduardo Miranda e seu pós-doc na época, Dr. José Candido Xavier, que o envolveram em um projeto em colaboração com a Universidade de British Columbia, no Canadá. “Fui fazer meu doutorado no Canadá, sob orientação do Prof. Ian Affleck”, diz Rodrigo. Terminado o doutorado em 2008, Rodrigo teria que voltar ao Brasil porque havia ganhado bolsa do CNPq de doutorado no exterior. Porém, como havia conseguido uma posição de pós-doc no Kavli Institute for Theoretical Physics da Universidade da Califórnia, Rodrigo solicitou a prorrogação de sua estada fora do país por mais dois anos. Em seguida voltou ao Brasil para assumir uma posição de professor no Instituto de Física da USP de São Carlos.

Hoje Rodrigo trabalha como professor titular visitante no International Institute of Physics da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal.

O prêmio

Rodrigo foi indicado para o Prêmio Friedrich Wilhelm Bessel, outorgado pela Fundação Alexander Von Humbolt, pelo Prof. Reinhold Egger, da Universidade Heinrich Heine em Düsseldorf. “Eu o conheci há menos de dois anos, quando nos visitou no Instituto Internacional de Física da UFRN por alguns meses. Começamos a colaborar num projeto, que evoluiu bem, e ele me convidou para fazer uma visita a Düsseldorf”. O prêmio consiste em subsídios para custear estadia na Alemanha por até um ano, enquanto Rodrigo trabalha com o grupo de pesquisas em Düsseldorf. Inclui também o custeio de um curso de alemão que certamente será muito bem aproveitado por Rodrigo. “Meu plano é fazer a primeira viagem em setembro deste ano e ficar lá por cerca de seis meses”, comenta.

Rodrigo agradece o Prof. Reinhold e também a todos os seus colaboradores com os quais aprendeu e pode desenvolver o conjunto de trabalhos que justificaram o prêmio. “Tenho certeza que o IFGW também foi fundamental na minha formação e sempre que posso gosto de ir a Campinas para reencontrar os amigos”, finaliza Rodrigo.

O IFGW parabeniza seu ex-aluno, Rodrigo Gonçalves Pereira, pelo prêmio merecidamente a ele outorgado.

Para saber mais:

Prêmio Friedrich Wilhelm Bessel

Fundação Alexander Von Humbolt

Ex-aluno do IFGW ganha prêmio da Fundação Alexander Von Humboldt